A insuficiência cardíaca aguda (IC) pode ser a primeira manifestação de uma IC de início recente, com uma progressão rápida de sinais e sintomas, ou, mais frequentemente uma descompensação aguda de uma IC crônica, grave o suficiente para levar a um atendimento de emergência ou internamento hospitalar não programado. Pode ser causada por vários fatores desencadeantes (tabela 1) e identificar a presença de causas reversíveis para a descompensação é fundamental para o manejo adequado.
O diagnóstico e tratamento ambulatorial da IC pode ser consultado em um tópico específico do Guia Rápido – Insuficiência cardíaca: diagnóstico e manejo ambulatorial.
Má adesão terapêutica (dieta e medicamentosa) | Infecções |
Síndrome coronariana aguda | Descompensação de doenças de base (DPOC, DRC, DHC) |
Hipertensão má controlada | Endocardite infecciosa |
Taqui e bradiarritmias | Drogas (ex: anti-inflamatórios, bloqueado de canal de cálcio) |
Anemia | Tromboembolismo pulmonar |
Hiper ou hipotireoidismo | Doença valvar não diagnosticada |
Gestação | Tabagismo |
Progressão de disfunção ventricular | Consumo de álcool |
Classificação
Inicialmente, é necessário determinar o perfil hemodinâmico do paciente (Tabela 2), classificando-o de acordo com a presença de sinais de congestão (seco ou úmido) e de baixo débito cardíaco (frio ou quente). Aproximadamente 90% dos pacientes apresentam sinais de congestão à admissão na emergência, e em torno de 10% sinais de baixo débito cardíaco.